sábado, 27 de setembro de 2008

Ajoelha e peeede!

Pra começar queria avisar todo mundo que é muito errado chamarmos as pessoas que vivem no país dos bancos falidos de norte-americanos. Estudanidense tá de bom tamanho. O Canadá também é norte-americano, por exemplo!
Tá... o assunto é outro, mas eu sempre me irritei com isso!!!
Ontem, o WaMu faliu, mesmo sendo um banco que atua no varejo, o que, DETERMINARIA solidez à instituição. A CRISE CONTINUA.... e não é preciso nem Osama Bin Laden pra "derrubar" os grandes bancos!!! Tá parecendo dominó!
A CRISE CONTINUA! O fato é que a hora pra ela chegar foi extremamente inapropriada... às vésperas das eleições presidenciais, nem para ajudar a economia, republicanos e democratas entram num acordo.
Teve até secretário do tesouro se ajoelhando à democrata pedindo que mantivessem disposição de acordo. Henry Paulson foi o personagem do dia na reunião da Casa Branca que só serviu para acirrar as disputas presidenciais e provar que a política ESTADUNIDENSE não deixa de interferir na economia.

PS 1. Brasil, para de achar que a crise estadunidense não vai nos atingir! A economia deve desacelerar, como reporta o Valor.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Greve russa causa conflito em membros de comunidade

Acima, Roney-cara-de-pau disfarça para não ser reconhecido


Russo, o grevista: "continuo a minha greve!"

Greve russa gera tensão na comunidade Haja Paciência nessa quarta-feira, 24.



O movimento começou depois que o grevista Renato Russo Diniz, 18, cansou de esperar atitudes de seus sempre ausentes "companheiros" (assim definidos por um deles, Thiago Teixeira, 23) Roney Cara-de-Pau Rodrigues,20, e Gabriel Nem-tô-sabendo-da-greve Salgado,20.

Os dois comapnheiros ausentes causaram indignação no trabalhador Russo, que reclama, resumidamente, por mais participação dos companheiros da sociedade Haja Paciência. Além disso, Russo afirmou, no mesmo artigo, que não voltará a escrever e postar no blog enquanto Thiago não se tornar um engajado participante da política centro-direitista.

De acordo com o grevista, e agora mais um ausente da sociedade "Haja Coxiência", quatro itens terão de ser seguidos para que sua participação aconteça, novamente:



"Lista de exigências:

1 - O blog deve ter pelo menos uma postagem diária, seja de quem for2 - Musta e Buba devem atingir a marca de 22 postagens3 - A postura política do JB deve ser de agora em diante de centro-direta conservadora populista (hehehe, essa é brincadeira)4 - Quero que alguém me peça desculpas (cota de 25% para exigências emo)".



Porém, ainda estamos em uma democracia e, portanto, Roney teve direito de se defender. Em um artigo um tanto quanto articulado, como participante do Sindicato do Blogueiros Ausentes, ele mostrou estar tranquilo com sua situação, defendido pelo grande advogado de Maluf, o Mão-Leve, Roney lembra ao companheiro Russo de que “durante os dois últimos meses eu postei regularmente: um por dia. Mas parece que hackers ligados a oposição tem apagado meus posts com o intuito de denegrir minha imagem junto a Corporação Haja Paciência e abarrotar o processo democrático. Mas o povo está do meu lado!”. Além disso, ele diz que os outros membros entraram num acordo e que a Corporação Haja Paciência S/A não se responsabilizará pelas consultas psiquiátricas de Russo, caso o companheiro tenha complicações advindas da abstinência de postar.



A situação é tensa e não se tem previsão para finalizar.

De acordo com a Folha, animais de um zoológico chinês estavam sendo vítimas de leite adulterado. Os bichinhos eram alimentados com leite em pó da marca Sanlu, comercializada com altos níveis de melamina, composto que disfarça a diluição da bebida em água e eleva o nível da proteína. Testes realizados apontaram a presença de cálculos renais na maioria dos animais e , além disso, 4 filhotes morreram.
Essa notícia não nos remete a algo ocorrido no Brasil ano passado?
A Parmalat também já aderiu à moda de "batizar" os leites longa vida, mas, nesse caso, as substâncias adicionadas aumentavam o volume da bebida e disfarçavam as más condições de conservação.
É admissível que as empresas tenham ambições em relação ao mercado, que se empenhem para liderar nessa luta contra a concorrência. Porém, a partir do momento em que esse esforço se reflete na ameaça da saúde de pessoas e animais, a situação passa a ser diferente...

Dobradinha pélvis

Notícia Pélvis 1:





Beeeeem pélvis, né? Mas nada perto da segunda; além de pélvis, ele foi postado no site errado. Deveria estar em um site da Suíça.





Leu bem? classe média também pode ter barco. Pede um pro seu pai quando você entrar na faculdade. Pára no ponto de carona e fala "vou pela Nações" de lancha. É minha grande aspiração de classe média. Faça-me o favor.

Sei lá, da classe média que eu venho, a gente pensa primeiro na praticidade. Você, indivíduo da classe média, que trabalha o ano todo pra tirar uma semana de férias - e olhe lá... não é um investimento coerente, uma lancha. Troca de carro, mas não compra lancha. Acho que a classe média nem aspira a uma lancha. Acho... ou...

...meu Deus, sou mais pobre do que eu pensava!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Enquanto o ponto não chega...

Engraçado como histórias interessantes passam em frente aos nossos olhos, no simples fato de sentarmos em uma poltrona de ônibus coletivo.
Hoje, enquanto vinha à faculdade, observei - como sempre - as pessoas a minha volta, que entram e saem numa sempre triste-isolada-solidão: todo mundo sempre busca uma poltrona na qual se sentará sozinho, com, no máximo, um MP4 de companhia...
E aí, todos "viajam" no mesmo barco, mas e mundos muito, muito diferentes... Então, os pensamentos ficam soltos no ar... E quam sabe, não se encontram e conversam pelo espaço do ônibus e saem, mundo afora, rindo de suas cabeças que lá dentro daquele veículo estão de boca fechada?
Ninguém conversa. Todos estão preocupados com suas tarefas, seus trabalhos, seus amores mal correrpondidos... Ou estão felizes, pensando na noite passada, num email inesperado, num emprego consquistado...
O ser humano é um ser social, mas que consegue ser solitário em meio a tantos outros... Não sei.
Eu só reparo, só os observo, mas eles estão muito preocupados com suas coisas e, por isso, nem percebem que eu os encaro e viajo também; contudo, viajo em história que eu imagino para cada um deles...
Uma mulher carrega um bebê tão lindo que chora, chora... Mãe é mãe. Está sempre ali.
Em um muro lá fora, um grafiteiro me espanta e mostra que não, a "classe" dele não está tão mal politizado como a sociedade insiste em afirmar: "Seja trouxa, vote nos ladrões"!
É... Nos surpreendemos se olharmos bem. Cada ser humano é um livro cheio de surpresas...
Há muita história interessante nos cercando... Há muita surpresa, sorrisos e lágrimas enquanto o ponto não chega.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Cadê os cinco milhões do Sr. Mutran?!

Hoje aconteceu algo engraçado!!!
Um vereador de São Paulo, capital, teve sua casa invadida por cinco criminosos. Pelas últimas informações, os assaltantes buscavam 5 milhões de reais!!!!!! CINCO MILHÕES DE REAIS! CIIIIIINCO MILHÕES DE REAIIIISSS!...Eu tenho lá minhas dúvidas de que "os caras" seriam tão idiotas de entrarem numa casa visada, como é a de um vereador candidato a reeleição na capital do estado, se não tivessem CERTEZA de que lá estava a grana que eles procuravam!!
E, para variar, toda a imprensa nacional deu mais ênfase à invasão da casa do que para o motivo de que o que eles buscavam lá eram 5 milhões de reais "provavelmente" existentes.
Não tenho acompanhado muito a cotação do salário de vereador, mas manter 5 milhões de reais em casa não é nada de mais, é dinheiro de troco, né!!! Ou quem sabe uma herança, uauu!
O fato é que ladrão que prepara e planeja a ação sabe muito bem que o que está buscando EXISTE!! Não souberam achar... Ou então a grana não estava mais lá, quem sabe encontra-se hoje num desses paraísos fiscais por aí a fora. O Sr. Mutran deve tomar cuidado com os locais em que guarda seus bens em espécie... Tem gente de olho neles!!

Marketing pessoal sem burocracia

O blog da Giovana Penatti, conhecida universitariamente por Mamute.


domingo, 21 de setembro de 2008

Boca fechada, olhos perdidos

Bem, hoje é domingo e cá estou eu, um tanto quanto nostálgica... Aquela coisa bem de estudante que mora fora... Deixa tudo para trás: sua casa, sua família, sua vidinha, seu estado, seus amores, seus amigos... Tudo, tudo para seguir um sonho. Que sim, vale a pena! Além de ser necessário nos dias atuais, essa coisa de estudar e "ser alguém" independente, diplomada, mestre, doutor, pós-doutor e o diabo a quatro... Então, folheando meu caderno, achei uma crônica que escrevi há alguns meses atrás, bem à toa e distraidamente em uma daquelas aulas que não chamam a atenção... Bem, aí vai... Um pouco de reflexão pra esse domingão família (mesmo que eu esteja tão longe da minha...).

Boca fechada, olhos perdidos...

Cá estou eu, sentada, atônita. Uma explosão implode em meu peito, mas meu rosto continua o mesmo: boca fechada, olhos perdidos.
Estou perdida em um tempo e um espaço que são meus, e nos quais vivo intensamente. Vivo intensamente o meu não-viver, ou talvez, apenas, o meu não-reconhecimento (ou meu estranhar) de uma vida agora minha.
Respiro fundo porque o ar já não me cabe mais e me foge quase que insistentemente.
Foge assim, como a memória de meu dia a dia me escapa a cada fechar de olhos.
E nesse momento, já me esqueci daqueles meus sorrisos quase que verdadeiros, esqueço de minha alegria quase que real naquele tempo que já não me é mais, pois ficou preso em um infinito - e é nada além de lembranças acompanhadas de suspiros e nem em pó pode se tornar. Então, meus dias daquele tempo ficam no infinito de mim mesma e eu não sei mais quem sou e se eu já existi e fui...
Mas, se não me sei e se não sei se fui, acontecimentos não me chateiam, nem me alegram, porque já são apenas lembranças acompanhadas de suspiros - e nem pó são.
Cá estou eu, sentada, atônita. Uma explosão implode em meu peito brando... Boca fechada, olhos perdidos.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

"Por você, faria isso mil vezes"

O "Caçador de Pipas" é um best-seller de Khaled Hosseini e que, recentemente, tornou-se um longa-metragem dirigido por Marc Foster. Eu, sim, li o livro e assisti ao filme e, querendo dar uma de crítica, vim deixar aqui minhas impressões.

A história tem como pano de fundo um ambiente bastante tumultuado, época em que o Afeganistão é invadido pela União Soviética e, posteriormente, comandado pelo regime Talibã. Enquanto isso, o autor narra a história de Amir, um garoto rico de Cabul, e seu fiel amigo e filho de um empregado de seu pai, Hassan.

Quando crianças, os garotos vivem em um ambiente tranqüilo de Cabul, participam regurlamente de campeonatos de pipas, passeiam pela cidade. Amir vence uma certa competição ao cortar a pipa de seu último adversário. O corajoso Hassan, então, foi buscá-la para o amigo e dar-lhe como forma de troféu. Mas, quando alguns garotos tentam roubá-la e ele não cede, é brutalmento violentado. Amir vê tudo o que acontece e, sem reagir, passa a se sentir impotente e culpado.

A então tranquilidade e beleza do Afeganistão o abandonam por conta da instabilidade enfrentada, Amir deixa o país, sem nunca mais falar com o amigo, e vê a culpa persegui-lo durante toda a vida. Tempos depois, encontra uma maneira de se redimir, de "ser bom de novo".

Tudo bem, eu assumo: a história é uma sucessão de clichês melodramáticos, um pouco previsível e forçada. Porém consegue prender a atenção dos leitores ou expectadores, mostra as várias faces do ser humano, é um retrato histórico da organização social e política vigente. Através dela, temos a oportunidade de conhecer a cultura e os costumes daquele povo tão distante do nosso olhar ocidental. Uma história emocionante, que conquista pela forma que mostra os sentimentos mais sinceros e profundos que podem existir entre duas pessoas.

É realmente "uma daquelas histórias inesquecíveis, que permanecem na nossa memória anos a fio”, como afirmou Isabel Allende.

Incitando o ódio geral

Thiago Ney, da Folha Ilustrada, sobre o novo CD do meia-idade Marcelo Camelo, vocalista do falecido Los Hermanos:


"Nós", disco de Camelo, beira o insuportável. O que o Los Hermanos tinha de pior -a inútil idealização de uma época que não volta mais; a melancolia auto-indulgente; letras tão idílicas que fariam João Gilberto passar por contestador; arranjos que vão na direção do samba-canção e da tradição MPBística, mas que tateiam sem chegar a lugar nenhum.


Ha! Sabia que não era a única!


Para os fãs e não-fãs, leitura obrigatória.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

"Vila da fantasia"


Após constantes momentos de delay e uma pitada de pressão pélvica por parte das meninas, resolvi postar.

Como primeiro post gostaria de relatar a vocês uma visita que fiz à Livraria da Vila, durante o fim de semana que estive em São Paulo.

A Vila Madalena, muito conhecida pelos seus bares, botecos, baladas e pela sua vida noturna agitada em geral, abriga uma grande e exótica livraria que me impressionou muito e que me fez acreditar que ainda existem lugares onde é possível gastar boas horas com conhecimento, lazer e entretenimento.

Quando cheguei à livraria, reparei em uma mesa grande de centro. Em cima, havia muitos livros intitulados "mais vendidos" e espantem-se: nenhum sobre auto-ajuda. Observei que a vendedora que atendia dois jovens relatava com prazer e profundidade os livros recentemente lançados. As pessoas que trabalhavam no café, dentro da própria livraria, escreviam em uma lousa pensamentos de escritores (o que descobri, posteriormente, tratar-se de uma rotina).

Achei importante contar isso a vocês porque é incrível descobrir lugares assim dentro de uma cidade tão "plural" como São Paulo, onde enquanto poucos têm acesso à cultura, outros muitos vivem frente a uma miséria impossível de se descrever. Mesmo sabendo que lugares como esse não são frequentados pela maioria, por motivos diversos e óbvios, vale uma tentativa ilusória de tentar apresentar locais que, mesmo que teoricamente, estão abertos à curiosidade e interesse das pessoas, sejam elas ricas, pobre, brancas, negras, doutores, semi-analfabetos etc.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Promoção: 23 mortes por 7,70 cada!!

É incrível como depende do lugar em que se menciona os valores, eles são sempre vistos de maneira diferente. Em Brasília, oferecer R$ 7,70 significa desvalorizar o outro, ou até mesmo ironizar sua posição política. Como assim, receber R$ 7,70?! Isso é dinheiro de troco. É... em alguns lugares, realmente, é dinheiro de troco.
Na Indonésia 23 morreram. 23 pessoas morreram porque estavam "lutando", ou melhor, aguardando para receberem R$ 7,70 cada. E o mundo se manifestou?! Essa notícia virou uma pequena reportagem da Folha de ontem. Uma notícia que deveria ter sido comentada em todos os meios da nossa comunicação dita tantas vezes democrática.
Não quero usar esse espaço para pedir um mundo melhor. Quem sou eu?! Eu apenas escrevi..., foi a maneira que encontreu de me manifestar, aproveito para demonstrar a minha indignação diante daqueles que poderiam, ao menos tentar resolver essa situação vergonhosa.

Fica aí o pedido! Que as notícias não se tornem velhos jornais esquecidos!!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

A Teologia da Prosperidade

Talvez seja pretensioso de minha parte começar a escrever tocando num assunto, de certa forma, muito polêmico. Não consigo, contudo, conter-me em dar a minha opinião a partir da reportagem de capa de Carta Capital da retrasada. Demorei, mas aqui estou!
A guerra evangélica entre as igrejas parece-me um tanto quanto absurda. Cada dia que passa, mais igrejas, dentro da Grande Evangélica, surgem para imporem suas regras não condizentes com a igreja-origem, funde-se uma nova igreja. Parece-me que os pastores insatisfeitos unem-se e “bum”, outra igreja foi fundada, outra ideologia determinada e aquela que era uma só igreja, hoje engloba uma dúzia que se acusa e se ofende. “O importante, afinal, é saber que a igreja em que se encontra é a mais próxima do Deus tão aclamado e também, de certa forma, tão rico.”.
“Você não tem o “cash”? Dê ao bom Deus o seu carro, deixe aqui a chave da sua casa, assim, ele te perdoará, o milagre irá realizar-se. Acreditem!”. Os cultos de muitas igrejas evangélicas determinam que o dinheiro e a propriedade doados são os meios de se atingir o senhor.
A Teologia da Prosperidade é praticada, constantemente, durante os cultos. A Igreja Universal é a grande potência evangélica no Brasil. Chega a sustentar a Rede Record com os lucros advindos da fé do povo. A novata Mundial, erguida por ex-pastores da Universal, ataca a TP praticada por Edir Macedo e sua igreja, a Universal. Valdemiro Santiago, pastor da Mundial, contudo, finaliza seus cultos “informando” seus fiéis de que a igreja necessita de muito capital para custear programações de TV, como mencionou a Carta Capital. A matemática já está na sua cabeça e pelos cálculos, se cada fiel desse 50 reais, em duas semanas ele atingiria o valor necessário. A igreja contava, no momento, com 14 mil pessoas. Uma atitude, no mínimo, contraditória.
Mundial ou Universal, não importa, parece que os líderes religiosos da crescente Evangélica têm as mesmas intenções. Não critico a fé do povo evangélico, cada um tem a sua. Critico, aqui, essa chamada Teologia da Prosperidade, pela qual a igreja enriquece em troca do fiel comprar o seu lugar no céu, ser perdoado ou receber um milagre. Enquanto nada acontece para comprovar, o povo fiel e miserável trabalha não usufruindo daquilo que adquiriu; seus bens estão, em espécie e em propriedades, na crescente conta da igreja.

Não acuso a fé, acuso a instituição, a empresa que dá valor ao dinheiro num ambiente de fiéis miseráveis.

Última Parada... Terceiro Mundo!



Alguém viu o filme brasileiro escolhido para concorrer ao Oscar 2009, na categoria "melhor filme estrangeiro"?

Pois é, nem eu.

Última Parada 174, o tal filme, é dirigido por um renomado diretor brasileiro, Bruno Barreto (aliás, fofocas à parte, casado com a ex-mulher do graaaande Steven Spielberg).

O engraçado, é que o filme concorreu com mais quatorze, entre eles, Meu nome não é Johnny, Desafinados e Chega de Saudade...

Para concorrer com os outros filmes, Última Parada 174 foi lançado em uma sala de cinema em Jundiaí, sem muitos alardes. Além de ser exibido em Toronto, no Canadá.

O filme é uma ficção baseado em fatos reais, de um sobrevivente de uma chacina no Rio de Janeiro e que anos mais tarde seqüestra um ônibus e faz uma mulher de refém (talvez, alguém ainda se lembre do fato... Triste, no mínimo).

E assim, mais uma vez, a violência do Rio de Janeiro, foco do filme, vai ser divulgada lá fora do país... Não ajudando muito na boa imagem do nosso terceiro mundão... É o espaço que nos dão. Fazer o que?!

Notícia PÉLVIS



Pélvis pélvis pélvis pélvis pélvis pélvis pélvis pélvis pélvis pélvis pélvis pélvis pélvis

PEÉÉÉÉÉÉÉLVIS!!!!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Sobre mim, não sobre você!

Antes de escrever qualquer coisa nesse blog (aguenta o tapa na cara quem põe a cara na tela), gostaria de me apresentar. Prazer, eu sou:

O sorriso meigo da irmã,
A sabedoria e aconchego da mãe,
As boas histórias do pai,
A solidão do meu apê,
As festas no meio da semana,
Os versinhos italianos da bisa,
As notas arranhadas no violão,
A palavra escrita, falada, berrada.

Uma pessoa feita de cores...

...do esmeralda do olhar da minha mãe,
do negro do cabelo do meu pai,
do marom dos cachos da minha irmã,
do azul do meu violão,
do verde dos olhos do gato Tuti,
da blusa vermelha do cão-urso Nanais
e do pratiado do cabelo da minha bisa.
Do grafite riscando a palavra no papel
e do arco-íris do grito que berra tal palavra.

...do colorido da primavera de 1988,
quando a vida começou para mim.

domingo, 14 de setembro de 2008

Não me engana mais!

Para os ausentes do mundo, a Sandy casou anteontem com o músico (academicamente) bem-sucedido Lucas Lima. (aliás, alguém lembra de alguma música da Família Lima??)

Agora, pensem comigo: o casamento é seguido da noite de núpcias. Portanto, para quem ainda tinha alguma dúvida, hoje, dia 14 de setembro de 2008, a Sandy com certeza não é mais virgem!

Estou morrendo de vontade de perguntar se doeu.

Aliás, fontes seguríssimas me informaram que o casamento foi adiado porque contaram pra Sandy que tinha noite de núpcias. Há! Piadinha!

Mas o casório acabou sendo no dia que tinha sido marcado antes. Ou seja, a Sandy perdeu a vergonha, quer dizer, o medo de ser feliz. O João Gordo falou disso no Gordo Visita (6:20), quando foi visitar a dupla dinâmica...


Em tempo 1: mais piadinhas sobre o casamento

- O nome de casada da Sandy é Sandy Lima Lima?

- O filho dos dois chamará Sandy Jr? - há, piada de gaveta!


Em tempo 2: notícia Pélvis


MAS QUE PÉÉÉÉÉÉÉLVIS!!!

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Por detrás das urnas

Andando perto da faculdade, pergunto às mulheres que vendem cartões de ônibus. “E a senhora, já sabe em quem vai votar para prefeito?”; a única resposta que tenho é um “ah, minha filha, não sei ainda não... Não me decidi”.
Mais uma vez, escuto essa frase que não quer calar na boca do povo dessa cidade.
As pessoas de Bauru estão indecisas, e seus olhos me dizem que estão um tanto quanto desanimadas para essas eleições. O engraçado é que não enxergo aquele entusiasmo tão colorido, eloqüente, cheio de sorrisos e certezas que se tem nas propagandas eleitorais. A trilha sonora não toca. O que ouço é apenas o barulho dos ônibus, o barulho da pressa dos transeuntes de chegar a algum lugar (ou a lugar nenhum). Às vezes, também, escuto um silêncio ou outro entre o meu “muito obrigada” e meu desânimo de não conseguir depoimento para o trabalho.
Mas não desisto, e continuo a buscar na cidade “do lanche” alguém que vá votar na ex-primeira dama que, olha só, é candidata à prefeita.
Ouço algumas frases que acho interessante destacar, tais como a afirmação de um rapaz bem vestido, trajado com seu ar de inteligência e de bom garoto “tem que ser na Izzo? Olha, querida, aqui em Bauru vai ser difícil você achar alguém que vá votar nela”.
Os olhos puxados do gerente do restaurante me dizem: “Você sabe o que o marido dela fez para Bauru? Já te contaram sobre a corrupção de dinheiro e o desvio de verbas no asfalto da cidade? É por causa do Izzo que a cidade está assim, com esse asfalto sem-vergonha”.
Já no supermercado, encontro (péssimo destino o meu) com aquele jornalista que arregala os olhos e a boca. Fala alto, de maneira revoltada com o meu pedido de depoimento: “onde já se viu, perguntar para um jornalista em quem ele vai votar? Falta de ética a sua, menina. Que professor é esse? Que trabalho é esse? Se fosse alguém do povo, tudo bem! Mas perguntar isso para um jornalista é demais!”. Tudo bem, ossos do ofício. Porém, confesso, não deixei de sentir meu sangue subindo à minha cabeça, quando percebi que todos os olhos e olhares daquele lugar se viraram para mim e para meu veterano um tanto quanto magoado. “Desculpe-me, senhor. Eu não sabia que era jornalista!”. Na verdade, naquele momento, queria xingá-lo e perguntá-lo se eu era obrigada a saber que ele era jornalista, já que não tinha nada escrito em sua testa.
Saindo daquele lugar, correndo, continuei a minha busca... Mas já era à noite, meu estômago reclamava, não queria mais saber de Izzo, nem de ninguém.
Dirigindo-me a minha casa, pensei, animada : “O porteiro! Quem sabe ele não votará em Rosa Izzo? Afinal de contas, muitas pessoas me disseram, durante essa minha saga de hoje, que o pessoal mais humilde vai votar nela, que ela é querida em bairros periféricos da cidade”. Mas, quando o indago, ele me diz que não sabe ainda em quem vai votar. E se for votar em alguém, que não seja em branco, vai ser no Caio Coube. Poxa! Dormirei sem nenhum depoimento hoje.
No outro dia, levantei mais animada, mais inspirada. Na hora do intervalo, me dirijo a alguns pintores simpáticos: “Ei, senhor, por favor, o senhor vota aqui em Bauru?”, interrogo meio tímida, mas isso logo passa, depois do sorriso e da resposta daquele meu mais novo amigo e salvador: “oi, meu amor. Sim! Você perguntou para a pessoa certa, na hora certa. Eu voto em Bauru e, esse ano, vou votar no cara certo, no Caio Coube. Chega de decepções, já me decepcionei com o Lula, com o Tuga e com o Izzo”. Apesar de tanta simpatia, ele entendeu a minha não satisfação em sua resposta. Expliquei a ele minha difícil missão. Ele, como sempre, sorriu, e me falou “mas menina! Que missão difícil que você pegou. Esse professor aí, não gosta de você não, hein?”. Uma simpatia só. Sem mais palavras. Mas, como as pessoas não aparecem na vida da gente por acaso, ele pegou em minhas mãos e as enlaçou nas suas, calejadas, e me levou até um lugar, apontando para frente e, sorrindo, disse: “olha, não conta que fui eu quem falou não, viu? Mas vai ali, ó! Pergunta ‘praquele’ gordinho que tá sentado ali e procura o Marcílio, ele vai votar na Rosa!”.
Agradecida, feliz e um pouco menos desanimada, eu fui. E que coisa! Três pessoas no refeitório dos funcionários da UNESP votarão na ex-primeira dama. Tímidos, humildes. O olhar do seu Antônio me dirige, olhos azuis, talvez de uma esperança e confiança muito maiores do que daqueles seus colegas que olham, curiosos. “Eu vou votar na Rosa porque o marido dela foi bom para Bauru. Dizem que ele roubou, não sei, mas ele foi bom”.
Depois, foi a vez de dona Anilza Araújo, faxineira da universidade. Foi ela, baixinha, tímida como ela só, que antes de tudo, antes de criar confiança em mim e no meu gravador, perguntou: “mas você não vai filmar não né? Nem tirar foto!”. Para a alegria e tranqüilidade de dona Anilza, não faria isso.
E como esse mundo é engraçado! Custei a tirar uma casquinha dela, mas, no fim, me surpreendeu com certa ideologia: “vou votar nela porque ela é mulher, vamos apoiar as mulheres, vê o que elas fazem porque os homens não estão fazendo nada, só roubando, veja o Tuga”.
Enquanto lavava as louças, Sandra Cristina Souza me respondia seus motivos. De vez em quando me olhava, mas não fechou a pia por nada. “Não sei né, eu acho que o marido dela fez alguma coisa por Bauru sim. E eu acho que ele pode ter se arrependido e, agora, com a mulher – ou é ex-mulher? – ele pode mostrar que se arrependeu, e assim, fazer alguma coisa por nós”.
De volta para a sala, agora bem mais feliz, penso em todos os personagens por mim encontrados. Todos nós esperamos as eleições e seus resultados. E que vença o melhor, ou então, que vença o mais convincente.
Mas, como diria “Chaveirinho” que não quis me ceder entrevista: “acho que Rosa não ganha não viu, porque não é fácil achar quem vota nela. Tá mais fácil você achar Rosa no canteiro!”.