terça-feira, 31 de março de 2009

Bloco do Eu Acompanhado!

Desde que os barbudos do Los Hermanos anunciaram sua separação, meus ouvidos passaram a sobreviver quase que exclusivamente de músicas do CD Ventura e Bloco do Eu Sozinho. Até o dia que resolvi escutar outros sons que pudessem preencher a falta que "os irmãos" faziam no meu radinho. Passei a dar mais atenção a outras músicas, que íam de Chico Buarque e chegavam a The Killers e Muse. Nada adiantava...



Foi aí que, numa tarde de puro tédio em frente a tv, zapiando de canal em canal, ouvi um som diferente, com um vocalista de voz grave que era acompanhado de maneira doce por bateria, violão e trompetes. A música me agradava muito, e apesar dela me parecer familiar, era ao mesmo tempo diferente de tudo o que eu já havia escutado.
Assim que o som acabou, corri pra net e digitei "Beirut", o nome da banda, no milagroso YouTube. Conferido os resultados e descobri que eu já conhecia os caras da minissérie global "Capitu". "Elephant Gun", uma dos sons mais bonitos de Beirut, na minha opinião, fazia parte da trilha sonora de "Capitu". Na época da minissérie nem prestei muita atenção, acho que porque o meu radinho ainda estava totalmente satisfeito com Los Hermanos. Mas como a necessidade move até o mais preguiçoso dos homens, foi só naquela tarde de tédio que pecebi o quanto aquela banda era boa.


Pra quem não ainda não conhece Beirut, essa é a banda do cantor Zach Condon,do Novo México. O cara tem uma voz grave e aveludada, mas o que o diferencia dos demais músicos atuais é a sua criatividade em conseguir unir magicamente elementos do Leste Europeu com o Folk. O som dos trompetes e da sanfona confere um caráter de bandinha de circo à Beirut. E, assim como Beatles desejavam com sargent pepers, Beirut costuma se apresentar em praças e em frente de bares nas cidades em que passa.
Enfim, acho que agora os barbudos, no meu radinho, não fazem mais parte do bloco do eu sozinho!

domingo, 29 de março de 2009

Notícia pélvis

Muito cuidado com as companhias, Bruno Gagliasso!



Se bem que todo mundo precisa de um carinho num momento difícil... apesar de ser filha da outra.

A elite é tão engraçada! Uma das donas da loja da mãe dela é presa e ela tá aí, no show do Jota Quest, rindo do Bruno Gagliasso.

Ou a elite é muito esperta e sabe que não tem com o que se preocupar.

Mas uma dúvida permanece na minha cabeça...

Sou só eu que acho que esse cara é gay??

sábado, 21 de março de 2009

Semana Pélvica!


NÃO PERCAM, SENHORAS E SENHORES leitores do Mais que Pélvis!

VEM AÍ: SEMANA PÉLVICA, EDIÇÃO 1!!!!!!

ESTRELANDO: MALLU MAGALHÃES!!!!!!!

Pelverizando a sua infância

Na última 5a feira, a atriz Ângela Dip fez uma apresentação do seu stand-up "La Putanesca" (sobre sexo e comida - curioso, não?), no Sesc, em Bauru. Casa lotada. Tinha tanta gente que mal dava para ver a mulher...
...mas, com algum esforço, dava. E eu vi, diante de mim, aquela mulher de um metro e vinte de altura e uns 35 quilos, de vozinha fininha. Aqueles cachinhos pretos me convenceram, mas não me enganaram...



O cabelo rosa ficava muito melhor em você, Penélope!!

Enfim, eu tive mais um pedacinho da minha infância destruído naquela noite, e, como não sofro sozinha, vou destruir um pedaço da sua, também.



RÁ! Eu sabia que ela tinha uma coisa diferente... só não sabia que era fogo no rabo! Se bem que eu percebia o jeito que ela olhava pro Nino... safada!

E a injustiçada Caipora que tinha o cabelo vermelho que nem fogo. Aliás, eu tinha medo da Caipora! Se eu soubesse que, em pouco mais de dez anos, a Penélope me daria uma aula de educaçao sexual, acho que teria muito mais medo dela que da Caipora.

Em tempo: dôo um braço para quem foi ao Sesc ver a Ângela Dip sem a menor influência do Castelo Rá-Tim-Bum!

quarta-feira, 18 de março de 2009

Com café e sem cigarros...

Esse texto é mais uma confissão da aspirante à jornalista aqui. Tenho que escrever, desabafar, porque já estou com dor no estômago.
Cheguei em casa, umas 19h, depois de uma entrevista com um médico-ginecologista - que, por sinal, foi muito legal comigo - sobre o caso da menina estuprada... Sim, aquele caso da menininha de nove anos que sofria com o abuso do padrasto desde os seus seis anos de idade. E para aqueles que não viram na grande mídia, o tal Maudrasto (ou monstrodrasto) abusava não só dela, mas da irmã dela, de 14 anos que tem deficiência mental!!!!!!! É, fiquei indignada. A coisa é triste, realidade longe de mim mas que me faz sofrer.
E, como uma ironia da vida - da Terra dos Homens, não de Deus - a mãe da criança foi excomungada, os médicos, os enfermeiros (que não foram muito citados, mas que foram lembrados pelo bisbo de Olinda e Recife, dom José Cardoso), mas... Não, o padrasto não foi! Dá para acreditar?! Não, né? Pois é, mas de acordo com as leis da Igreja Católica, o crime do aborto é mais grave que o de estupro e o de pedofilia. Ah! E a criança só não foi porque é muito nova para isso...
Bom, mas não vim aqui desabafar sobre isso. Até mesmo porque o assunto está sendo bastante "divulgado" na mídia por toda a semana (principalmente na de 9 a 15 de março).
Vim porque eu fui encarregada de escrever sobre esse caso para o jornal laboratório EXTRA sobre o caso e não consigo! São 23h15 e ainda não escrevi uma linha sequer sobre... Não sai. O parto está dificil.
Estou me sentindo aqueles jornalistas à moda antiga, que fumavam loucamente uns CEM cigarros e bebiam café um atrás do outro buscando a inspiração. Achava isso lindo, meu sonho era ser como eles, loucos, alucinados! rsrs...

O café já bebi... Os cigarros não fumei... E a inspiração, cadê?

sábado, 14 de março de 2009

Dia Nacional da Poesia...e a minha poesia?

Enquanto assistia algo na Tv, que não lembro o que era, ouvi que hoje, 14 de março, é o Dia Nacional da Poesia. Foi aí que pensei nessa estranha relação entre linguagem e pensamento que nós, seres humanos, praticamos dia após dia. Pensei na minha formação de jornalista e descobri que precisava fazer um desabafo:

Você entra pro curso com a cabeça cheia de sonhos e planos, até a aula em que um professor devolve seu texto, pedindo que você reescreva-o, só que dessa vez com OBJETIVIDADE. No primeiro texto o mito da tal objetividade falha, assim como no segundo e no terceiro. Um dia, porem, aquele professor gosta do que você escreveu. Um sorriso se abre no seu rosto, até que algo te perturba: você percebe que a "objetividade" tem transformado seu texto em uma receita e fez de você, antes um aprendiz de poeta, agora um padeiro. É nesse ponto que é preciso escolher entre reencontrar o poeta dentro do padeiro ou continuar a ser apenas o cara que segue a receita para poder misturar os ovos na farinha...

Ufa, acho que estou mais leve e com menos farinha nos dedos!